O tratamento da ansiedade fora do controle inclui terapia, o possível uso de medicação, recomendação de mudanças de estilo de vida e a psicoterapia. Mas existem técnicas que podem ajudar a aliviar a ansiedade e prevenir ou gerenciar crises e compartilharei algumas delas neste texto. Nenhuma é uma cura instantânea para ansiedade(até porque isso não existe) mas se usadas da forma correta e com persistência podem ser muito úteis, principalmente bem no começo de uma crise. Quanto mais próximo do início dos sintomas da crise você aplicar as técnicas, mais eficazes elas serão. (continue lendo clicando no título acima)

Mulher cobrindo o rosto em sofrimento, sob um edredom.

Lidar com uma crise de ansiedade é uma experiência assustadora, quanto mais cedo você aplicar técnicas de manejo, melhor. Imagem de María Prieto por Pixabay

Uma crise de ansiedade pode assumir diversas formas e sintomas que podem inclusive ser confundidos com outras situações e gerar uma experiência muito desconfortável e assustadora. Se você está passando por uma, toda minha solidariedade. O ideal é sempre buscar a emergência de um serviço de saúde caso você não saiba ao certo o que está acontecendo com ou não tenha certeza se consegue lidar sozinho. Dito isso, eu entendo que você pode estar precisando de apoio e técnicas de alívio imediato, por diversos motivos, e por isso estou disponibilizando este texto com algumas informações que podem te ajudar a aliviar os sintomas desconfortáveis da sua ansiedade de forma mais imediata.  O tratamento da ansiedade disfuncional (aquela que gera sofrimento e/ou desconforto e atrapalha nossas vidas) inclui terapia, o possível uso de medicação e recomendação de mudanças de estilo de vida. Além disso, felizmente existem técnicas baseadas em evidências que podem ajudar a aliviar a ansiedade e prevenir ou gerenciar crises de ansiedade e eu compartilharei algumas delas com você aqui neste texto. Nenhuma delas é uma cura instantânea para ansiedade(até porque isso não existe) mas se usadas da forma correta e com persistência podem ser muito úteis, principalmente bem no começo de uma crise. Quanto mais próximo do início dos sintomas da crise você aplicar as técnicas, mais eficazes elas serão. É importante ter em mente que como em qualquer atividade, quanto mais praticamos maior a chance de adquirirmos prática e vermos resultados e nas primeiras tentativas talvez você não veja tanto resultado quanto gostaria e isso pode significar apenas que você precisa continuar testando.  Uma parte importante do desconforto causado por uma crise de ansiedade vem da sensação de perda de controle sobre a intensidade de nossas emoções e sensações físicas e um ótimo ponto de partida pode ser simplesmente tentar se concentrar em identificar ou listar mentalmente o que você está sentindo durante a crise. Mas tudo…

Foto de mulher em close, de olhos fechados com lágrimas escorrendo.

Identificar corretamente uma crise de ansiedade é muito importante para enfrentá-la corretamente. Imagem por Karolina Grabowska.

Lidar com uma crise ou mesmo com os sintomas intensificados da ansiedade pode ser extremamente desafiador. Se você está passando por isso atualmente, saiba que tem minha solidariedade. Antes de entrarmos no texto, é importante alertar que os sintomas ansiosos podem receber tratamento psicológico e médico e que o trabalho de prevenção e de cuidado contínuo é essencial(e muito mais efetivo) para o controle destes sintomas, sempre com a supervisão de profissionais capacitados e com protocolos baseados em evidências. Se você está com sintomas intensos e sente que talvez não consiga lidar com eles sozinho(a), por favor busque imediatamente a emergência de um serviço de saúde e explique seus sintomas.  Com este texto, que não substitui uma avaliação profissional (médica ou psicológica), minha intenção é te ajudar a entender melhor como identificar uma crise de ansiedade. Também tenho outro texto com algumas técnicas para alívio dos sintomas, acesse clicando aqui.   Como reconhecer os sintomas físicos de uma crise de ansiedade Os sintomas físicos da crise de ansiedade podem incluir: Batimento cardíaco acelerado ou palpitações Sensação de falta de ar ou sufocamento Transpiração excessiva ou calafrios Tremores ou tremedeira Sensação de tontura ou vertigem Náusea ou desconforto gastrointestinal Sensação de aperto ou desconforto no peito Formigamento ou dormência nas mãos ou nos pés Sensação de desmaio ou perda de controle Hiperventilação ou respiração rápida e superficial. Estes sintomas podem variar de pessoa para pessoa e podem ser mais ou menos intensos dependendo da gravidade da crise. É importante lembrar que são uma resposta natural do corpo à ansiedade, e que geralmente diminuem à medida que a pessoa se acalma e a crise passa.   Como diferenciar uma crise de ansiedade de um ataque cardíaco ou outro problema de saúde É importante lembrar que os sintomas de uma crise de ansiedade podem ser semelhantes aos sintomas de um ataque cardíaco ou outros problemas de saúde, o que pode gerar confusão e…

Homem deitado em uma cama, aparentando estar pensativo.

É possível lidar com a ansiedade de forma preventiva usando estratégias baseadas em evidências. Imagem por Kampus Production.

Há evidências significativas de que homens gays podem ser mais vulneráveis a alguns desafios de saúde mental do que a população em geral, como consequência da discriminação, homofobia, dos estigmas que nos acompanham e outros fatores de estresse que enfrentamos como resultado de nossa identidade sexual.  Estes fatores de estresse cobram um preço alto de nossa saúde mental e bem-estar e aumentam em muito a chance de enfrentarmos vários problemas. Nossa identidade sexual em si não é realmente o fator que nos faz desenvolvermos problemas de saúde mental como ansiedade, depressão, pânico etc. Mas sim as experiências e os ambientes, as relações e a violência da sociedade homofóbica, preconceituosa e discriminatória em que vivemos. Claro que tivemos avanços imensos nos últimos anos e, principalmente nas grandes cidades, é bem menos difícil ser gay hoje do que era há 10 anos, por exemplo.  Mesmo assim, a escalada do conservadorismo que temos visto nos últimos seis ou sete anos criou muitas situações altamente estressoras para todas as pessoas que são diferentes da “norma”, não só homens gays mas todos os LGBTs, pessoas negras, portadores de necessidades especiais e outros. Pode ser fácil dizer racionalmente que não há nada errado conosco, que ser gay não é uma doença, não é um problema e mesmo assim não é nem simples nem fácil lidar com as consequências de uma vida inteira vivendo em um mundo que sempre nos disse que nosso jeito de ser, desejar e amar é errado. Ou seja, estamos em maior risco de desenvolvermos problemas de saúde mental não por sermos gays, mas sim por vivermos em uma sociedade tão machista, tão homofóbica, tão opressora que nos fez e nos faz desenvolvermos crenças e medos muito profundos sobre quem nós somos e nos faz, ainda hoje, viver com medo. Neste texto, eu quero focar especialmente em algumas estratégias para que você possa melhorar sua relação com os seus sintomas ansiosos. Muito do…